1º tópico – As bases:
Logo após a Segunda Grande Guerra, a economia internacional começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial, diferenciando-a das duas anteriores, uma vez que engloba mudanças que vão muito além das transformações industriais.
Parece coerente dizer que conhecimentos científicos/tecnológicos, instituições adequadas, empresas e mão-de-obra qualificada são as bases da Era da Informação. Por outro lado, deve-se considerar que o ingrediente primordial não é um cenário cultural ou institucional específico, mas a sinergia de informações com a produção industrial e aplicações comerciais. Isso contradiz a idéia da possibilidade de inovação sem ocupação do espaço geográfico (localidade geográfica).
É certo que foi o Estado, e não "empreendedores de garagens", quem deu início à revolução da tecnologia da informação, já que a interface entre os programas de macropesquisa promovidos pelo governo e a inovação descentralizada em uma cultura de criatividade tecnológica é que permitiu o florescimento das tecnologias da informação e comunicação globalizadas.
2º tópico – Principais mudanças:
O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução Industrial não se restringe apenas às indústrias, mas afeta as empresas comerciais, as prestadoras de serviços e, até mesmo, o cotidiano das pessoas comuns. Ou seja, trata-se de uma revolução muito mais abrangente. Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira Revolução Industrial não se restringe a alguns países europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo todo. É causa e, ao mesmo tempo, conseqüência da globalização. Nessa etapa ou fase produtiva, todos os conhecimentos gerados em pesquisas são repassados quase que simultaneamente para o desenvolvimento industrial.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto da produção artesanal - em que os trabalhadores, com o uso de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto da produção industrial ou em massa - na qual os trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos padronizados e em grandes quantidades. Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se combinar as vantagens das produções artesanal e industrial, evitando o alto custo da primeira e a inflexibilidade da última. A produção usa metade do esforço humano na fábrica, metade do espaço físico e há investimentos maciços em equipamentos.
3º tópico – Principais consequências: (positivas)
Os avanços da robótica e da engenharia genética são incorporados ao processo produtivo, que depende cada vez menos da mão-de-obra e cada vez mais de alta tecnologia, pautada por um princípio básico: a produção deve combinar novas técnicas com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fim de produzir mais com menos recursos e menos mão-de-obra.
Essa nova fase produtiva não se limita a produtos de pouco valor agregado, como nas revoluções industriais anteriores, pelo contrário, o conhecimento inserido, no qual foram gastos anos de estudos e pesquisas, agregam elevados valores no produto final, mesmo que tenha sido gastos pouca quantidade de matéria-prima. Com a aplicação das novas descobertas científicas no processo produtivo, ocorre a ascensão de atividades que empregam alta tecnologia. Como exemplos, temos a informática, que produz computadores e softwares; a microeletrônica, que fabrica chips, transistores e produtos eletrônicos; a robótica, que cria robôs para uso industrial; as telecomunicações, que viabilizam as transmissões de rádio e televisão, a telefonia fixa e móvel e a Internet; a indústria aeroespacial, que fabrica satélites artificiais e aviões; e a biotecnologia, que produz medicamentos, plantas e animais manipulados geneticamente.
Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são empresas que possuem matriz num país e possuem atuação em diversos países. São grandes empresas que instalam filiais em outros países em busca de mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-obra baratas.
As multinacionais surgiram no final do século XIX, mas conseguiram realmente se desenvolverem após a Segunda Guerra Mundial.
As empresas multinacionais hoje exercem grandes influências no comércio mundial.
Estas empresas costumam produzir produtos para comercializar nos países em que atuam ou até mesmo para enviar produtos para serem vendidos no país de origem ou outros países. Dentro do contexto atual da globalização, é muito comum às empresas multinacionais produzirem cada parte de um produto em países diferentes, com o objetivo de reduzir custos de produção.
A entrada de empresas multinacionais num país é algo positivo, pois gera empregos e desenvolvimento. Porém, grandes partes do lucro obtido por estas empresas são enviadas para a matriz. Estas empresas mantêm seus centros de decisão financeiros em paraísos fiscais, para se livrarem de impostos nos seus países de origem, além disso, as multinacionais alteram seus balanços matrimoniais nos países onde eles têm matrizes.
Este tipo de corporação instala-se, produz e vende seus serviços em vários países no mundo e por causa de sua economia de grande escala, busca sempre obter custos relativamente baixos e o maior lucro possível.
Empresas multinacionais estão em busca de jovens profissionais por meio de seus programas de estágio e treinamento. Levantamento realizado pelo Jornal da Tarde em dez grandes companhias detectou mais de 600 oportunidades para quem procura entrar no mercado como estagiário ou trainee.
O mercado de trabalho é formado principalmente por multinacionais, e envolve empresas que operam poços de petróleo, como a Petrobrás e Shell, empresas que fornecem serviços e equipamentos para as operadoras, como a Halliburton, e fabricantes de equipamentos. Refinarias e transportadoras também contratam esses profissionais.
(negativas)
Hoje, um fantasma ronda a vida dos trabalhadores: o desemprego. Para muitos estudiosos, trata-se de um desemprego estrutural, isto é, causado pelas transformações que vêm ocorrendo no padrão ou modelo de desenvolvimento produtivo e tecnológico que predomina nos países capitalistas avançados. Essas transformações apresentam diferenças nos países onde ocorrem mas, de qualquer forma, estão alterando a organização do processo produtivo e do trabalho em todos eles e no resto do mundo também. E tais mudanças afetam o conjunto do mundo do trabalho. À primeira vista, os robôs ou as novas tecnologias de produção parecem ser os únicos e mais cruéis causadores desse desemprego. No entanto, existem outras razões de ordem econômica, social, institucional e geopolítica que, associadas à tecnologia, formam um conjunto que explica melhor aquilo que, para alguns analistas, significaria até mesmo o fim de uma sociedade organizada com base no trabalho.
O aumento da concorrência internacional gerado pela Globalização obriga as empresas a cortarem custos diminuindo os preços. Como os países mais ricos possuem altos salários, as empresas procuram instalar suas fábricas em locais que possuam mão-de-obra barata e abundante. Com isso há uma transferência de empregos dos países mais ricos para os mais pobres. Além disso, esses países mais pobres apresentam, em um geral, ausência de legislação de proteção ao meio ambiente ou a possibilidade de burlar essa norma, caso ela exista.
O meio ambiente, em todos os seus componentes, tem sido e continuará cada vez mais sendo afetado pelo processo de globalização da economia. Os impactos da globalização da economia sobre o meio ambiente decorrem principalmente de seus efeitos sobre os sistemas produtivos e sobre os hábitos de consumo das populações. Alguns desses efeitos têm sido negativos e outros, positivos.
4º tópico - Rumo à 4° Revolução Industrial:
As novas máquinas são capazes de realizar funções que vão desde a extração de matéria-prima até a distribuição do produto final e a realização de serviços. Os computadores e robôs não são usados para criar novos produtos, como os teares a vapor ou os tornos movidos a motor elétrico, mas, sim, para desempenhar atividades antes executadas por pessoas. As empresas multinacionais e de informatização, ao substituírem a mão-de-obra humana, contribuem para a eliminação de postos de trabalho, o que amplia o desemprego. Em muitos ramos, quase desapareceram os operários tradicionais. Em outras palavras, as novas tecnologias de produção, somadas a diversas razões de ordem econômica e social, podem levar ao fim de uma sociedade organizada com base no trabalho humano. Vale lembrar que, atualmente, o mundo ruma na direção da Quarta Revolução Industrial. Estamos ingressando numa revolução que mobiliza as ciências da vida, sob a forma da biotecnologia, assim como várias áreas das ciências exatas e de outros ramos do conhecimento, e que responde pelo nome de nanociência ou nanotecnologia.
5º tópico - Conclusão:
A terceira Revolução Industrial mudou vários aspectos no mundo, com ela houve uma grande evolução tecnológica, dando origem a novos tipos de produtos, novos modos de produção;
Ela não surgiu do nada, mas sim, através de grandes evoluções, grandes mudanças, durante muitos anos de progressos e de muitos estudos e pesquisas avançadas.
Essa Revolução gerou várias consequências: houve o desenvolvimento da tecnologia, a informação e o conhecimento se tornaram extremamente importantes, houve desenvolvimento nos transportes e nas telecomunicações, assim como também houve um aumento no desmatamento e na poluição. Além disso, muitos trabalhadores não conseguem empregos por baixa qualificação, enquanto por outro lado muitos novos empregos surgiram.
Essa inovação de tecnologia não para por aí, estamos rumo a Quarta Revolução Industrial, que trará novos parâmetros para a sociedade e ao longo do tempo muitos progressos.
quarta-feira, 17 de março de 2010
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